Inclusão de alunos com síndrome de Down no ensino fundamental

Imagem ilustra uma sala de aula inclusiva. Na foto podemos ver em primeiro plano uma garota negra sem deficiência brincando com uma garota branca com síndrome de Down. Uma sorri para a outra. Na mesma sala de aula, outras crianças sem nenhuma deficiência aparente também brincam umas com as outras. Elas estão usando o uniforme da escola municipal do Rio de Janeiro.A entrada no ensino fundamental é um marco na vida de qualquer criança. Entram em cena desafios como o aprendizado de diversos conteúdos escolares e a convivência com colegas mais velhos na hora do lanche. As brincadeiras, tão presentes na educação infantil, começam a perder espaço à medida que a hora de estudar ganha importância.

A transição do primeiro segmento para o segundo segmento do ensino fundamental pode ser difícil para vários alunos, tenham síndrome de Down ou não. Uma atitude positiva por parte da escola que recebe o aluno é essencial. Além disso, um plano de transição bem preparado precisa ser elaborado para que a trajetória escolar do aluno seja o mais tranquila possível para ele, seus pais e a equipe de educadores.

Benefícios para todos os alunos

Crianças com síndrome de Down que estudam com colegas sem deficiência beneficiam não só a si mesmas, mas também aos outros alunos da escola. Pesquisa recente realizada pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) concluiu que crianças que estudaram com colegas com deficiência desenvolveram atitudes positivas relacionadas à tolerância, respeito ao outro e abertura ao diálogo em um grau muito maior do que as que conviveram em ambientes mais homogêneos.

A convivência com crianças de desenvolvimento considerado normal é muito importante para as crianças com síndrome de Down. Os colegas servem como exemplos de comportamentos e de conquistas apropriadas para a sua idade, contribuindo para o seu desenvolvimento social e emocional.

O aprendizado e o desenvolvimento da capacidade de se relacionar dependem, entre outras coisas, de oportunidades de interação com crianças da mesma idade ou de idades diferentes em situações diversas. Cabe ao professor promover atividades individuais ou em grupo, respeitando as diferenças e estimulando a troca entre as crianças.

A experiência brasileira mostra que é possível promover a inclusão de alunos com síndrome de Down. Pode ser que elas precisem de algum tipo de ajuda adicional, mas isto não é uma necessidade apenas das crianças com deficiência. Muitas crianças apresentam perfis de aprendizagem que demandam algum grau de apoio.

Este texto apresenta algumas questões que podem orientar profissionais da educação sobre estratégias para facilitar a inclusão escolar de qualidade para alunos com síndrome de Down ao longo do ensino fundamental. Vale lembrar que cada criança apresenta um padrão individual e específico de aprendizagem. Dessa forma, nem todas as crianças com síndrome de Down apresentarão as dificuldades abordadas no texto.

1. Comportamento

2. Estrutura e Rotina

3. Apoio

4. Relação com profissionais de apoio e terapeutas

5. O currículo

6. Avaliação 

7. Um perfil de aprendizagem específico

8. Fatores que inibem a aprendizagem

9. Aprendendo a ler e a escrever

10. Matemática

11. Bibliografia