Matemática

Geralmente, alunos com síndrome de Down encontram dificuldade em adquirir conceitos matemáticos. No entanto, seus estágios de desenvolvimento e aquisição de conceitos matemáticos, embora mais lentos, parecem ser similares aos de crianças de desenvolvimento dito normal. A competência nesta área estará ligada ao nível geral de conhecimento e o desenvolvimento da compreensão e da linguagem.

Dificuldades no processamento de linguagem associadas ao déficit na memória de curto-prazo terão impacto no desenvolvimento de habilidades relativas a números, visto que essas atividades envolvem memorização de sequências e retenção de números para processamento e cálculo posteriores.

Alunos com síndrome de Down também costumam encontrar dificuldades na associação de experiências práticas matemáticas com os formatos escritos da matemática. Isso acontece mais devagar e os alunos precisam de uma variedade de experiências e ensino direto cuidadoso.

Crianças com síndrome de Down precisam usar materiais concretos durante todos os estágios de desenvolvimento, dos primeiros anos até um nível mais complexo. Isso permite que os alunos visualizem conceitos numéricos, superando assim as dificuldades com a abstração. Relacionar atividades com situações reais usando objetos do cotidiano, como contar e distribuir lápis ou cadernos para o grupo, ou organizar uma mesa para um certo número de pessoas, é vital. Estas situações reais oferecerão oportunidades de:

• Consolidar o aprendizado de fazer contas.
• Desenvolver correspondências um-a-um.
• Entender que qualquer coisa pode ser contada.
• Entender que há um propósito em contar.

É essencial providenciar um currículo matemático que irá oferecer aos alunos conhecimento e compreensão básicos dos números para que isso opere efetivamente em sua vida cotidiana.

Estratégias:

– Ensine o vocabulário matemático.

– Ensine habilidades matemáticas para a vida: dinheiro, tempo, medidas, etc.

– Ensine por meio de uma abordagem visual forte e use materiais concretos e práticos para superar problemas com linguagem, conceitos abstratos e habilidades de resolução de problemas.

– Use objetos reais quando possível ( como dinheiro e relógios) para compensar as dificuldades com transferência e generalização.

– Ensine em vários passos curtos e incorpore diversas oportunidades para reforço e consolidação.

– Use uma variedade de materiais e atividades para ensinar os mesmos conceitos e objetivos.