Tratamentos experimentais

Aqui, você encontra informações sobre tratamentos experimentais que têm sido realizados na tentativa de melhorar a qualidade de vida de pessoas com síndrome de Down ao redor do mundo. Como sabemos, a trissomia do cromossomo 21 não é uma doença, mas uma ocorrência genética. Assim, os procedimentos indicados no portal Movimento Down não se propõem a curar a síndrome de Down, mas oferecer alternativas para atenuar alguns problemas que estão associados a ela e podem afetar a saúde e o desenvolvimento dos indivíduos que têm síndrome de Down.

Os tratamentos são experimentais porque não há comprovação científica por meio de estudos clínicos específicos para comprovar sua eficácia. Ressaltamos que é fundamental consultar um médico de confiança sobre qualquer tratamento que faça uso de medicamentos e solicitar o acompanhamento constante.

O Movimento Down não se responsabiliza por resultados e efeitos dos tratamentos mencionados. As informações abaixo servem apenas como referência e ponto de partida para que os familiares de pessoas com síndrome de Down possam conversar a respeito com seus médicos de confiança.

Protocolo Changing Minds

O protocolo Changing Minds foi criado pela bióloga e dentista americana Teresa Cody. Mãe de Neal, que nasceu com a síndrome de Down e hoje tem 14 anos, ela começou há anos a vasculhar milhares de estudos científicos publicados em busca de possibilidades de suplementos e medicamentos já existentes que pudessem ajudar no desenvolvimento do filho. Em 2007, fundou a Changing Minds Foundation (Fundação Mudando Mentes), que se dedica à divulgação de informações e mais recentes descobertas científicas, e, a partir delas, sugere um protocolo experimental de tratamento que poderia ajudar a reduzir sintomas provocados pela síndrome de Down. O tratamento ainda não está comprovado por estudo clínico específico para pessoas com SD, mas já vem sendo usado por várias famílias em todo mundo.

Atualmente, o protocolo Changing Minds utiliza as seguintes substâncias:

Ginkgo Biloba
Em 2004, cientistas descobriram que os receptores GABA, que mediam a inibição no cérebro, eram mais ativos do que o usual em ratos com síndrome de Down. Isto significa que os receptores estão continuamente “ligados” em indivíduos com a síndrome. O resultado  é que não se permite que os nervos da memória e da área de aprendizagem do cérebro “disparem”. Em outras palavras, os nervos foram bloqueados. Para compensar o aumento da atividade dos receptores de GABA, um antagonista foi utilizado para baixar seu volume. O Ginkgo Biloba é um antagonista GABA e vem sendo usado por mais de 4000 anos com diversas finalidades.

Fluoxetina
Em 2006, a Universidade de Maryland School of Medicine tratou ratos com síndrome de Down com fluoxetina por 24 dias. A neurogênese, ou formação de novos nervos, aumentou para um nível normal. Isto é como aumentar o hardware do seu computador. Ele permite que você execute um software mais complicado. Em fetos com síndrome de Down, os neurônios não conseguem mostrar o desenvolvimento dendrítico normal. Esta falha de desenvolvimento resulta em comprometimento intelectual.  Esta substância só pode ser utilizada sob prescrição médica de um neurologista, psiquiatra ou pediatra.

Focalin XR
Focalin XR é um medicamento para déficit de atenção e hiperatividade que aumenta o foco e diminui a impulsividade e hiperatividade. É um estimulante leve. À medida que as crianças com síndrome de Down crescem, é possível perceber sua falta de concentração nas tarefas. Esta substância só pode ser utilizada sob prescrição médica.

Fosfatidilcolina
Fosfatidilcolina é um fosfolípido que constitui 50% da membrana celular. A membrana é o revestimento de todas as células do nervo que transporta os sinais. Ao utilizar esta substância, o objetivo é tentar curar o cérebro em crescimento de novos neurônios e permitir que eles “disparem”. É como trazer os tijolos para a obra na construção de uma casa. A fosfatidilcolina é formulada com uma proporção de 4:1 de Ômega 6 e Ômega 3.

Óleo Bio Equilibrado
O óleo Bio Equilibrado está incluído para reduzir a inflamação e diminuir as chances do desenvolvimento da Doença de Alzheimer. Mostrou-se, em 2004, que a redução da inflamação no cérebro dos ratos com síndrome de Down preveniu a perda neuronal e declínio da funcionalidade.

B12 e ácido folínico
Estudos têm mostrado que existe uma tendência nas pessoas com síndrome de Down de terem níveis baixos de B12 e ácido folínico. A vitamina B12 e o ácido folínico ajudam a normalizar o metabolismo. Baixos níveis de vitamina B12 e ácido folínico também têm sido associados à doença de Alzheimer. O ácido folínico é uma forma mais ativa de ácido fólico.